O governo divulgou nesta terça-feira (31) a lista das 18 montadoras instaladas no Brasil que estão livres do pagamento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) mais alto na produção de veículos no país até dezembro deste ano. Conforme estudo realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), elas cumprem as regras de produção nacional e de investimento em inovação, o que inclui ter 65% de peças nacionais na montagem do veículo. A lista é a definitiva e foi publicada no “Diário Oficial da União” — a lista anterior que vigora desde dezembro era provisória e só garantia o benefício fiscal até esta quarta-feira
As montadoras são as seguintes:
Agrale,
Caoa (Hyundai),
Fiat,
Ford,
GM,
Honda,
Iveco,
MAN,
Mercedes-Benz do Brasil (caminhões),
MMC Automotores (Mitsubishi),
Nissan,
Peugeot,
Renault,
Scania,
Toyota,
Volkswagen,
Volvo (caminhões) e
International Indústria Automotiva da América do Sul.
Só carros 'nacionais'
O benefício dessas montadoras engloba apenas os modelos fabricados no país ou importados de regiões com acordos comerciais, como Mercosul, México e Uruguai. De acordo com a portaria, as montadoras habilitadas ainda estão sujeitas à verificação do cumprimento dos requisitos exigidos, bem como ao cancelamento da habilitação definitiva. As empresas fora da lista, a maioria sul-coreanas, chinesas e marcas de luxo, pagam IPI reajustado em 30 pontos porcentuais. O aumento começou a valer em dezembro passado.
'Brasil maior'
Para pagar imposto menor, além 65% de índice de nacionalização de peças (inclui gastos com ações de marketing), as montadoras são obrigadas a realizar ao menos 6 de 11 etapas da fabricação de veículos em território brasileiro e investir 0,5% do faturamento líquido em pesquisa e desenvolvimento. Assim, as alíquotas de IPI para veículos variam de 7% a 25%, dependendo da cilindrada do veículo e do segmento. Já para as montadoras que estão fora dos requisitos exigidos, o imposto vai variar de 37% a 55%. De acordo com a portaria, o aumento do tributo vale até dezembro de 2012 e faz parte do plano de estímulo à indústria "Brasil Maior". No entanto, empresas importadoras ligadas a Associação Brasileira de Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), temem que a mudança torne algo permanente.